É quase uma unanimidade entre seus fãs, que a Konami tem como um dos seus pontos mais fraco, seu marketing. Dessa forma, chegamos há menos de 20 dias do lançamento oficial de PES 2015 e boa parte das notícias, praticamente “vomitadas” via youtube nas últimas semanas, carecem ainda de confirmações e outras, serem de fato reveladas.
Porém, o podcast realizado pelo Robbye Ron, entrevistando dos homens forte da Konami, traz algumas dessas confirmações e sim, algumas revelações. Quando não, algumas coisas podem ser pescadas nas entrelinhas.
Robbye Ron (RR) é mais um amante da série Winning eleven/Pro evolution soccer. Tornou-se conhecido pela edição de diversos Option Files (OF) do futebol argentino e hoje tem o site robbyearon.com, que só trata de notícias relacionadas ao game. Já Erik Bladinieres (EB) é o ex-diretor da Konami na América Latina. Hoje ocupa o cargo de Diretor global de futebol e alianças estratégicas de Pro Evolution Soccer. Hoje o cara é só voltado à PES!
Contextualizei as informações, colocando meu ponto de vista no que achei pertinente.
Retorno aliviado
RR começa a entrevista fazendo uma reflexão sobre o calvário, vivido pela Konami em PES 2014 e o momento que a empresa vive com PES 2015. EB acompanha seu raciocínio e faz uma breve retrospectiva do período em que foi diretor da Konami (últimos 5 anos), ressaltando que PES sempre foi o carro chefe na América latina (diferente do que muitos achavam, pois tinham como Metal Gear Solid, como o principal jogo da empresa).
O diretor segue sua fala, destacando suas ultimas conquista, Libertadores, Liga argentina e brasileira, manutenção dos principais narrados da américa latina, etc. Portanto caros colegas, tal valorização, não me dá outra alternativa, a não ser pensar que, realmente a Libertadores e a Liga brasileira correram sim, o risco de não fazerem parte de PES 2015. EB também fala de campanhas e promoções realizadas nos últimos tempos.
Sinceramente não me recordo de nenhuma atitude relevante para promover a marca, com exceção de um campeonato na Europa, mas se tratando de América Latina, realmente não lembro. Prefiro acreditar que falou na empolgação, do que imaginar que ele realmente acha, que essa é a divulgação ideal pra um jogo, da grandeza de PES.
A globalização da marca
O diretor segue falando da relação entre as três principais bases da Konami (América, Europa e Japão), demonstrando seu interesse para que haja maior unificação desses polos, para que a marca seja promovida de forma global. E cita como exemplo a criação do slogan “La Cancha es Nuestra” (O campo é nosso), que apesar de concebido na Europa, é hoje um termo globalizado, quando o assunto é PES.
EB ressalta que o slogan foi criado com a intensão de regatar as origens do game, lembrando que o principal prazer de jogar futebol, está dentro das quatro linhas. RR não perde a oportunidade para ratificar que realmente é isso o que importa.
Produção do game e LIGA PES
EB esclarece, que o game segue sendo produzido 100% no Japão, com uma gigantesca equipe de desenvolvimento. Enquanto isso, ele segue sendo os olhos da marca, administrando a personalidade do game nos diferentes continentes. Prova disso é a criação da Liga PES, que dessa vez será realizada a nível mundial e não se restringirá ao velho continente.
Será uma espécie de COPA DO MUNDO DE PES, onde qualquer jogador espalhado no globo terrestre poderá pagar uma espécie de boleto e participar de eventos online aos finais de semanas. EB adianta que já se traçou um planejamento de alianças de patrocínios, premiações, servidores, etc. Fica entendido que inicialmente irão ocorrer seletivas locais e que ao final será disputada uma final mundial em um local a ser definido, com todos representante dos vários cantos do mundo.
O melhor está por vir!
Ao ser questionado sobre a premiação de melhor game de esporte na Gamescoom, EB demonstra sua alegria pelo feito, mas ressalta que foi apenas uma batalha e que ainda não venceu a guerra, mas sim, PES está de volta, e mais forte que nunca. E ainda reforça, que muitas novidades virão, pois isso é só o começo.
WE X PES?
A partir daqui a entrevista começa a ficar mais interessante e objetiva. RR faz a pergunta sobre os dois nomes do game, Winning eleven e Pro evolution Soccer. “Serão os mesmos jogos? Pois já na DEMO tive que baixar primeiro a versão asiática”. EB não titubeia e responde rapidamente que sim, “o jogo é exatamente o mesmo, o código de jogo é exatamente o mesmo”.
Sinceramente, mesmo ele explicando que, pelo fato da palavra Soccer ter muito mais impacto fora do Japão e por isso que o nome PES é mantido, tenho minhas dúvidas, se tratando de Konami. Quem não lembra dos relatos, onde a versão de Winning eleven 2014 estava melhor que PES 2014? E agora mesmo, várias pessoas dizem que está disponível uma atualização para DEMO asiática e que a jogabilidade está melhorada.
Pode ser um efeito placebo, mas é como falei, se tratando de Konami é bom ficar de olho. Todavia, EB não descarta a possibilidade de unificação dos nomes, resta saber qual gosto vai prevalecer, Japão ou Resto do mundo? Apesar que particularmente, prefiro WE.
Liga Chilena
Quanto à ausência da Liga Chilena, EB relata que foi uma combinação de vários fatores, comercial, capacidade, negociações, etc. É claro que dentre esses motivos, um desses deve ter sido mais preponderante. E se fizermos um simples exercício mental com as tais palavras, podemos chegar à seguinte conclusão.
Foi falta de capacidade para negociar os direitos de imagem dos jogadores. Não vejo outro motivo! Ainda mais quando o EB segue falando que em algumas situações, como no Brasil, os problemas podem ser contornados. Que por sinal essa uma frase que nos deixa mais esperançosos, quanto às licenças dos jogadores.
Licenças
Quando perguntado sobre a exclusividade dos campeonatos Sul-americanos, Libertadores, Recopa e Copa Sulamericana, e se essa exclusividade era por vários anos? EB disse que esse é um assunto confidencial, mas que pra 2015 pode-se dizer que são exclusivas em PES 2015.
Algo me leva à crê, que ano que vem teremos um mundo de especulações, sobre quem vai estar onde. E não sei não, mas acho que esse pensamento se estende para as competições europeias. Entretanto o papo sobre licenças parece não acabar por aí, pois EB fala que, apesar de quase tudo (sobre licenças) ter sido divulgado na BGS, ainda restam algumas poucas coisas à serem divulgadas.
Sobre a Liga Mexicana, EB é direto em afirmar que essa é uma liga exclusiva de FIFA, assim como Bundesliga e Liga Inglesa. Mas que não descarta negociações futuras para tais ligas. Ele aproveita para falar da mão de obra empregada na elaboração dos detalhes de cada uma nova liga dessa implantada, lembrando que foi esse o motivo da não adição da Sulamericana em PES 2014.
Novos estádios
Antes de terminar a entrevista RR pergunta do porquê não se colocar itens genéricos no game, como por exemplo, um estádio com nome fictício (Cataluña), para compensar um possível não licenciamentos desses? EB com um tom meio irônico, responde, “Espere 13 de Novembro! Em 14 de Novembro falamos novamente, e me fale o que achou do game.”
Bem caros colegas, dentre esse turbilhão de informações desencontradas, acho que essa foi uma grande oportunidade de ouvirmos de quem realmente tem algo para falar. Resta-nos aguardar senas do próximo capítulo, lembrando que foi prometido uma maior quantidade de informações com a proximidade do lançamento do game. Espero que tem gostado da iniciativa e se possível deixem seus comentários, críticas e/ou sugestões. Abaixo segue a entrevista de quase 50 minutos.