Quase 80 jogadores processam EA e Konami

Cerca de 80 jogadores, mantem processos reivindicando direitos de imagem, junto as empresas de game, EA e Konami.

Segundo a matéria divulgada pelo UOL Eporte no dia de hoje (2/5), 79 jogadores estão processando as duas empresas. Pelo o que parece a EA é a mais acionado no momento, entretanto, a Konami pode ser um alvo em pontencial por parte dos interessado (alguns deles, nem jogam mais).

Toda confusão parte do fato de que, tanto a Konami e principalmente EA, partem do pressuposto de que ambas as empresas, mantem contratos de direitos de uso de imagem dos jogadores, junto a FIFPro (Federação Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol).

Para quem não sabe, a FIFPro administra os direitos imagem de diversos jogadores ao longo do mundo, inclusive aqui no Brasil. Porém, pelo o que parece, nem todos os jogadores aqui no Brasil fazem parte dessa instituição.

No Brasil, os jogadores são representados pela Fenapaf (Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol). Porém, na legislação brasileira, essa autorização é pessoal e expressa.

Como falei no início do post, mesmo a EA sendo a mais citadas nos processos em andamentos ou até mesmo concluídos. A Konami deve ficar de olho bem aberto, pois como foi citado acima, a autorização para a utilização dos jogadores aqui do Brasil, tem que ser feita pessoalmente.

Não sei se vocês lembram, mas sempre que questionado sobre esse assunto, Andre Bronzoni (brasileiro responsável pela marca PES, nas Américas), sempre cuidou de falar, que todo processo em relação as licenças dos times brasileiros, tem sido dificultado por conta dessa solicitação pessoal dos direitos de imagem, feita jogador a jogador.

Bem, pelo menos é um sinal que a Konami sabe como o procedimento deve ser feito. Porém, também segundo a matéria do UOL, o advogado desses 79 jogadores, Joaquin Mina, afirma que não foram assinadas nenhuma liberação.

Os processos foram feitos com base nos jogos lançados entre o período de 2007 a 2014.

Maxi Bianchucchi, por exemplo, cobra danos morais pela utilização de sua imagem nos games produzidos pela EA. Seu nome, imagem e características físicas e técnicas foram utilizadas nas edições 2008, 2009, 2010 e 2014 (quando defendia o Bahia) das versões do Fifa Soccer e Manager.

Então, fica a dúvida se ambas empresas, seguem utilizando o mesmo processo de aquisição de licenças. Caso isso tenha sido feito nos últimos anos, poderíamos ter novas possibilidades de processos.

Esses são alguns dos jogadores que entraram com ações junto as empresas de game. Na matéria do UOL, não fica claro qual das duas empresas, está associada ao processo de cada jogador. Lembrando que ainda cabe recurso por parte das empresas.

Paulo Baier (encerrou a carreira)

David França (Santa Cruz e ex-Goiás) – R$ 110 mil

Lúcio Fláivio (ex-Botafogo) – R$ 110 mil

Ayrton (Paysandu e ex-Palmeiras) – R$ 110 mil

Renan Oliveira (América /MG) – R$ 110 mil

Tobi (ex-Sport) – R$ 80 mil

Emerson Santos (ex-Bahia) – R$ 80 mil

Vanderlei (Santos) – R$ 55 mil

Magrão (Sport) – R$ 55 mil

Ygor (ex-Fluminense e Vasco) – R$ 50 mil

Omar (ex-Bahia) – R$ 50 mil

Renato Cajá (Ponte Preta – R$ 45 mil

Fierro (ex-Flamengo) – R$ 40 mil

Maxi Bianchucchi (ex-Bahia) – R$ 40 mil

Reinaldo (ex-Flamengo, SP e Santos) – R$ 30 mil

Anderson Carvalho (ex-Santos) – R$ 14 mil

E aí, o que acharam da bronca?

A galera ainda teima em dizer, que trata-se de má vontade por parte da Konami, e porque não da EA, por  não trazer os jogadores do futebol brasileiro, licenciados.

Certo que, mesmo diante desses problemas, a Konami fez sim, um esforço maior para licenciar a grande maioria dos jogadores que atuam nos times brasileiros. Mas como vocês devem ter percebido, é uma bronca do tamanho de um trem.

E são causas como essa, que fazem a Konami tirar de uma hora pra outra, times licenciados (Grêmio e Atlético MG, por exemplo) do game. E no caso da EA, pior ainda, quem não quis nem conversa com esse tipo de licença em FIFA 17.

Outra coisa que percebi olhando a lista dos jogadores, é que tratam-se de ex-jogadores ou que já estão em fim de carreira. Portanto, para aqueles que acham que os jogadores ganham mais, deixando sua imagem ser divulgada gratuitamente, nessa fase da vida, acho que não é bem assim.

Isso acende ainda mais o sinal vermelho para empresas de game de futebol. Pois futuros ex-atletas ou atletas próximos ao final carreira, podem fazer o mesmo.

E nem preciso dizer que esse tipo de coisa, dificulta ainda mais os planos das empresas, investirem nos times nacionais. Oh País viu!

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