PES 2020 deveria ter esses três pilares como base

Vamos conversar um pouco sobre três das principais evoluções necessárias, para que a experiência de jogo no PES 2020, seja melhorada.

Só lembrando que teria um monte de coisa a dizer, quando o assunto é “Melhorias para a franquia PES”. No entanto, resolvi elencar três pontos que devem ser, urgentemente, aperfeiçoados, afim de garantir a melhora da experiência de jogo na franquia PES.

Essas são as três características, que ao meu ver, são os pilares para o futuro da franquia PES.

1 – Liberdades nos movimentos/jogadas (Mobilidade)

Primeiramente, quando falo de liberdade nos movimentos, me refiro aos jogadores em si.

Na minha opinião, apesar do PES apresentar movimentos dos jogadores bem mais bonitos e realista, quando comparado ao FIFA, o jogo ainda peca na agilidade nesse quesito.

Já em relação a liberdade nas jogadas, me refiro a transição das ações entre jogadores.

Apesar de ter melhorado muito, ao longo dos últimos anos, na minha opinião, a franquia PES ainda requer melhorias consideráveis na liberdade das jogadas.

Por sinal, esse é uma das principais reclamações daqueles que jogam FIFA, e tentam se adaptar ao jogo da KONAMI.

Mesmo sendo um jogador de PES, não tenho como negar que em alguns momentos, a fluidez de alguns lances é prejudicada, em função da falta de liberdade na movimentação dos jogadores.

Deixando claro que não é nada que chegue inviabilizar a jogada, como muitos que jogam FIFA costumam dizer.

Mas de fato, tal questão tem muito o que evoluir.

Fica muito claro em alguns momentos, que a força do script no jogo prevalece. E nesse caso, você vira passageiro no lance.

Tenho a impressão de que essa menor liberdade na movimentação dos jogadores, tem o propósito por parte dos desenvolvedores, de evitar ocorrência de alguns possíveis bugs na gameplay.

Bugs como, encontrões bizarros entre jogadores, seja com o adversário ou até mesmo entre os seus jogadores; corridas aleatórias sem rumo; falhas na interação entre o jogador e a bola; falhas na marcação sobre o jogador que está com a bola; etc., são só alguns dos exemplos que podem acontecer, quando se opta por mais liberdade na movimentação.

O próprio FIFA está aí pra não me deixar mentira. O jogo da EA é bem mais fluido que o jogo da KONAMI, no entanto, é um poço de bugs como os que citei.

Por isso, acho que um dos desafios da KONAMI, que na verdade já passou da hora de ser superado, é trazer uma maior mobilidade dos jogadores, e consequentemente, uma maior fluidez nas jogadas. óbvio, sem gerar bizarrices semelhantes ao que eu citei.

2 – Interferência no resultado (Handicap, mesmo)

Particularmente, chamo de handicap, mas cada um pode usar o termo que quiser. Se é que acredita em algo do tipo.

Quero deixar claro que nesse ponto em específico, minhas críticas são mais aplicadas a experiência no myClub. Na minha opinião, a KONAMI, ou não conseguiu ainda administrar as diversas variáveis do modo de jogo, ou simplesmente faz de propósito.

Seja de uma forma ou de outra, creio que a sensação do jogador de PES, ao final do resultado de algumas partidas, ganhando ou perdendo, é descolado da realidade daquilo que de fato foi feito pelo jogador.

Independentemente se existe algo intencional ou não, momentos em que os jogadores apresentam uma trajetória meio que pré-definida (trilhados). Da mesma forma que alguns passes parecem ter destinos já sacramentados. Trazem a sensação de que, haja o que houver, o desfecho das jogadas parece fugir da sua controle.

Lembrando que falo isso independentemente se a jogada é completada ou não. Me refiro tanto aos momentos em que a bola bate e rebate, duas, três vezes, e sobra pro atacante adversário. Como também para aqueles momentos em que, sem muito esforço, aquela sua bola enfiada usando o triângulo, passa num corredor eterno da zaga adversária, e chega até o seu atacante.

De qualquer maneira, isso passa uma sensação de que o resultado da jogada não sofre tanta interferência do comando dado por você. Como falei, seja ele bem executado ou não.

E se tratando de um jogo de esporte, onde a disputa por um resultado (placar) é o principal objetivo, isso é algo terrível.

3 – Serviço online

Sei que esse é um ponto batido ao extremos. Mas se a KONAMI realmente deseja entrar no mundo do eSports de forma definitiva, ela tem que repensar naquilo que oferece hoje, em termos de serviço online na franquia PES.

E olha que quem me conhece sabe que não tenho muitos problemas em relação a conexão.

Mas é óbvio que o sucesso de uma franquia como o PES, não depende apenas de uma parte de boas experiências online.

Volta a reforçar a questão de que estamos falando de um game de esportes, que tem como principal objetivo, um placar.

Não precisa ser nenhum gênio para entender que, não adianta trabalhar nos aspectos gráficos, na inteligência artificial do game, como também em modos de jogo (esse é outro aspecto que quero tratar em outro post), sem fornecer um ambiente online confiável.

Mesmo entendendo que a KONAMI vem evoluindo, também nesse aspectos, nos últimos anos. Creio que tal evolução se dá de forma muito modesta, para aquilo que a empresa precisa fazer, para voltar a ser uma concorrente em termos de números.

Seja pelas partidas pesadas; atraso no tempo de respostas nos lances; desconexões inexplicáveis, ou até mesmo provocadas, sem que haja a identificação e punição do indivíduo; já passou da hora da KONAMI tomar um providência concreta sobre o assunto.

É impressionante como a empresa coloca mais de 1 milhão de reais em premiação de uma PES LEAGUE (só esse ano), sem perceber que a PES LEAGUE não será nada, sem um bom jogo, rodando num ambiente online confiável.

As vezes me acho meio idiota, tendo que falar o óbvio. E me pergunto, de duas, uma:

Ou a KONAMI obviamente sabe de tudo isso, e está esperando a mudança de engine, e portanto, nunca nos dirá que tal mudança não acontecerá ainda nesta engine.

Ou de fato, ela não sabe o que fazer quanto ao assunto. Ou seja, trata-se de uma incapacidade técnica.

O fato é que acho surreal, se investir tanto em premiação de campeonatos ao longo dos anos, sem resolver um problema tão significativo para o futuro da franquia.